1.º
Jason Moran &
The Bandwagon
Angra Jazz
(6-Out)

2.º
Carlos Bica & Azul
Festa do Jazz do São Luiz
(31-Mar)

3.º
Bill Frisell:
Bill Morrisey «The Great Flood»
Guimarães Jazz
(9-Nov)


4.º
ONJ «around Robert Wyatt»
CCB
(29-Mar)

5.º
Enrico Rava New Quintet
CCB
(22-Mai)

6.º
Miguel Zenón
Estoril Jazz/ Hot Club
(19-Mai)/ (18-Jul)


7.º
Jack DeJohnette
Angra Jazz
(5-Out)
8.º
Bass Drum Bone
Jazz no Parque (Serralves)
(21-Jul)
9.º
Ambrose Akinmusire Quarteto
Estoril Jazz
(11-Mai)
10.º
Craig Taborn
Culturgest
(26-Set)
11.º
Marilyn Crispell & Gerry Hemingway
Jazz em Agosto
(11-Ago)
12.º
Lucian Ban Enesco re-imagined Guimarães Jazz
(11-Nov)

O ano de 2012 foi um ano fértil em concertos, falando de músicos nacionais ou não nacionais.
Fértil não apenas em quantidade, mas também em qualidade e variedade, e ao longo do ano fui-vos dando conta semanalmente da variadade de formas que o Jazz contemporâneo apresenta, mais ou menos clássico, mais ou menos vanguardista.
Das largas dezenas de concertos a que assisti, de Guimarães a Angra do Heroísmo e de Lisboa ao Seixal, a Serralves e ao Estoril, foi necessário escolher uma mão cheia.
Enfim, aqui fica a minha escolha.

Duas palavras apenas:
Se Jason Moran não ofereceu dúvidas, e creio fazer até a unanimidade entre a crítica, sei que a minha escolha dos lugares seguintes não deixará de ser polémica.
Mas o Azul de Bica-Mobus-Black são verdadeiramente arrasadores em palco, e a amizade e empatia que transmitem, não deixa ninguém indiferente.
Os terceiro e quarto lugares são dois concertos atípicos, multimédia, o primeiro, do grande Bill Frisell em torno das imagens de Bill Morrisey evocando a lendária cheia do Mississippi de 1928, e o segundo, da Orchestre National de Jazz celebrando a música de Robert Wyatt.
O quinto lugar vai para o revisitar da vida de Enrico Rava, num concerto inesperado.
Miguel Zenon deu dois concertos em Portugal no espaço de dois meses, no Estoril Jazz e no Hot Club, confirmando, nos dois lugares, que o prestígio de que goza não é fruto do acaso.
DeJohnette, o mais fantástico baterista de todos os tempos foi a Angra fazer um concerto em que o mais puro e duro Jazz andou por vezes ao lado da pop de fusão, saindo-se ainda assim, da melhor forma.
A vanguarda, pelo menos a vanguarda do Jazz de há vinte anos, foi a Serralves demonstrar, pelas mãos dos BassDrumBone, como as suas premissas continuam válidas, e como o Jazz erudito pode ser bem humorado.
No Estoril, a jovem estrela do trompete Ambrose Akinmusire, veio demonstrar as razões da sua ascensão meteórica. E passou.
Consagrado é já Craig Taborn, que veio à Culturgest trazer Avenging Angel, ou a solidão do pianista perante os seus fantasmas.
De vanguarda se fala em Marilyn Crispell & Gerry Hemingway, e estes dois músicos sabem sê-lo.
E enfim, em Guimarães Lucian Ban trouxe o mais arriscado dos projectos, reimaginando a música do compositor romeno Enesco.
Doze (treze, de facto) concertos, os melhores, alguns dos melhores do ano, com certeza.