JazzLogical 16 de Julho de 2025


Agenda Jazz


Os destaques da semana vão para o arranque do Quebra Jazz em Coimbra, e o Que Jazz é Este? De Viseu.


Quebra Jazz, Coimbra

Quebra Jazz (ou melhor,  Festival das Artes QuebraJazz, festival que resulta da fusão de dois festivais e que se quer ecléctico e tem também música clássica e outras coisas para além de Jazz) começa pois esta semana e vai prolongar-se por todo o mês de Agosto.
Programação fundamentalmente nacional, conta com excepções, a primeira das quais

ainda hoje no quarteto de João Barradas, com os norte-americanos Peter Evans e Aaron Parks e o belga Stéphanne Galland. A minha curiosidade vai para, mais do que para o encontro de nacionalidades, o encontro de personalidades. É que eles são «personalidades» bem distintas, com algo de diria de «conflitual» nas concepções musicais.
João Barradas, Aaron Parks, Peter Evans e Stéphanne Galland, Colina de Camões, 16 de Julho

O outro concerto a destacar esta semana leva a  Orquestra do Hot Club de Portugal com Selma Uamusse também na Colina de Camões, amanhã, 17 de Julho.

Quebra Jazz link.


 Que Jazz é Este?, Viseu

Ecléctico é também a resposta à pergunta do nome do Que Jazz é Este?, que tem Jazz ao domicílio, Jazz solidário, Jazz nacional e internacional,  música de rua, escolas de jazz, quase-jazz e talvez-jazz, rádio jazz e cinema, workshops, jam sessions, e outras coisas.

Da programação do festival destacam-se os Mano a Mano no Museu Grão Vasco, o projecto de homenagem à pintora e artista plástica madeirende Lurdes Castro, um projecto, para além dos manos André e Bruno Santos em guitarras, rajão e viola de arame, conta também com o performer Tiago Martins.
Quinta, 17, Museu Grão Vasco, Mano a Mano

Emanuel e Toy Matos + João Mortágua é descrito como um encontro de Jazz, free jazz e música cigana e reúne o saxofonista João Mortágua com os irmãos Emanuel e Toy Matos, voz e guitarra; e acontecerá sexta ao fim da tarde na Casa do Miradouro.
Sexta, 18,  18.00, Casa do Miradouro, Emanuel e Toy Matos + João Mortágua

Afro-futurismo, pop, funky, hip-hop, África e Caraíbas, no peculiar Jazz da saxofonista Camilla George, e que irá ao palco do Parque Aquilino Ribeiro na noite de amanhã.
Sexta, 18,  Parque Aquilino Ribeiro, Camilla George

Os meus destaque vão ainda para os Jazz cinematográfico do trio de Marie Kruttli, no sábado e o «Analogik» do quarteto do contrabaixista Zé Almeida.
Sábado, 19, Teatro Viriato, 19.00, Marie Kruttli Trio
Domingo, 20, Casa do Miradouro, 17.30, Zé Almeida «Analogik»

Mais do Que Jazz é Este? AQUI.


E enfim, esta semana também

Samuel Lercher Trio, em Vila Fresca de Azeitão no ciclo Jazz na Vila, sábado 19;

Perico Sambeat & Orquestra Jazz de Matosinhos na Fortaleza de Valençadomingo 20.

Boas férias, se for caso disso.

Outros concertos e mais informação na Agenda Jazz


Prémio JazzLogical CD do ano - nacional 2024 com «11:11»


Charles Lloyd «The Sky Will Still Be There Tomorrow» Carlos Bica «11:11»
Miles Davis «Miles in France 1963 & 1964» Eduardo Cardinho
Sarah Hanahan Duarte Ventura
Charles Lloyd Orquestra Jazz de Matosinhos

TODA A VOTAÇÃO

 

(Votaram: António Branco, Filipe Freitas, Jorge Lima Alves, José Ribeiro Pinto, Leonel Santos, Mário Dias, Miguel Cunha, Paulo Barbosa e Rui Duarte.)


Próximos Concertos Internacionais

Camilla George - Que Jazz é Este?, Viseu, 18 de Julho
William Parker/ Cooper-Moor/ Hamid Drake, Jazz em Agosto, 1 Agosto
Kris Davis Trio - Jazz em Agosto, 2 Agosto
Darius Jones - Jazz em Agosto, 3 Agosto
Thumbscrew - Jazz em Agosto, 9 Agosto
Patricia Brennan Septet - Jazz em Agosto, 10 Agosto
Stefano di Battista Quintet - Angra Jazz, 2 de Outubro
Ekep Nkwelle Quartet - Angra Jazz, 3 de Outubro
David Murray Quartet - AngraJazz, 4 de Outubro
Artemis - AngraJazz, 4 de Outubro

Mais concertos e informação na Agenda Jazz


Próximos Festivais

Que Jazz é Este?, Viseu, Julho
Quebra Jazz, Coimbra, Julho
Jazz em Agosto, Lisboa, (Gulbenkian), Agosto
Angra Jazz, Angra do Heroísmo, Outubro

Mais concertos e informação na Agenda Jazz

 

 
 
 

Acaba de sair o «dicionário subjectivo» do José Navarro de Andrade, que dá pelo nome de Toque de Jazz. E é isso mesmo: um dicionário subjectivo, feito por um tipo que já ouve Jazz há cinquenta anos.    
E já o desfolhei e li as primeiras entradas: o «AABA» da estrutura clássica de uma composição Jazz; o «Anatomia de um crime» (as entradas estão em português), o clássico do Otto Preminger com banda sonora de Duke Ellington; o rei «Armstrong» e os «Automóveis», as tragédias rodoviárias do Jazz. E ainda não cheguei lá, mas já vi que o dicionário acaba com o «Ben Webster» e o «West Coast Jazz», o «Song X» de Ornette/ Metheny, a paixão de «Lester Young e Billie Holiday» e o «Zénite: 1959», o ano de todos os prodígios.
E o livro acaba com «50 álbuns essenciais» mais cinquenta, e um «Índice Cronológico».
Ainda apenas comecei, mas já confirmei: Toque de Jazz é um livro subjectivo, como não podia deixar de ser, apaixonado,
e obrigatório para os amantes do Jazz.

Toque de Jazz, José Navarro de Andrade, The Poets and Dragons Society

Se o jazz ajudou a preparar o terreno para a nossa democracia, 50 anos depois, mantem o seu papel primordial: um reduto de liberdade individual, uma música viciante, comprometida socialmente, e aberta à exploração criativa. O “jazz é cultura”, para recuperar o mote do primeiro Cascais Jazz, mas é acima de tudo democracia. Afinal, não há outra expressão artística, ao mesmo tempo, tão comprometida com a liberdade individual e com o compromisso coletivo como o jazz. Uma combinação singular e de valor inestimável. Ontem, como hoje.

Pedro Adão e Silva
(Hot News 19)

Hot News 19

Acaba de sair o número 19 da Hot News, (revista do Hot Club de Portugal), que contém um dossier comemorativo dos 50 anos da liberdade: «Jazz, Liberdade e Democracia».

Índice:
Editorial - Pedro Moreira
Uma casa para 50 anos - António Campinos Poças
João Abel Manta
A música da liberdade, ontem como hoje - Pedro Adão e Silva
Jazz, Liberdade, Democracia e Mulheres - Cristina Marvão
As portas que o Cascais Jazz abriu - José Jorge Letria
O caso Charlie Haden - Leonel Santos
Dois CD, dois olhares inquietos sobre o mundo, Charlie Haden e Carla Bley - António Branco e Leonel Santos
Entrevista a José Soares - Leonel Santos
Dia Internacional do Jazz - José Ribeiro Pinto
Às voltas com Alegria - António Campino Poças
O Gualdino e as «sessões da drogaria ideal» - António José Barros Veloso
Hot em números - António Campino Poças
Um ano fora de portas e os 100 anos do Villas - Luis G. Cunha

Capa: Django Reinhardt por João Abel Manta (1948)
(e ainda um inspirado retrato de Boris Vian do mesmo João Abel Manta)

 

Não ao Genocídio!

Holocausto nunca mais!

 

Martial Solal - Une vie à l'improviste

Belíssima homenagem a um dos mais importantes músicos de Jazz de sempre, e não apenas do Jazz europeu ou do Jazz francês, Martial Solal - Une vie à l'improviste terá sido porventura o grande desafio da vida do autor, Vincent Sorel.
Mais do que uma biografia, Sorel quis conhecer o pianista, o homem, as ideias, as incertezas e as vitórias; quis entrar na vida de Martial Solal.
Sorel hesita e por vezes é o próprio Martial Solal que fala; mas é também ele, autor, que se questiona e questiona o leitor: como colocar em apenas duzentas páginas a vida de um gigante!
Biografia em jeito de novela gráfica, fala de si também, da sua pequenez perante uma lenda, perante um músico que atravessou uma época e tocou com toda a gente, e acrescentou sempre. E diria que Sorel conseguiu muito bem comunicar a personalidade inquieta e a riqueza da vida de uma lenda.
Editado ainda no ano passado, Martial Solal ainda terá tido tempo de o ver antes de nos deixar, e é uma obra que merece estar na biblioteca BD básica de qualquer apaixonado do Jazz.

 

O Jazz na Banda Desenhada

Uma biografia de Pannonica, a Baronesa do Jazz,

a graphic novel Miles en Paris, onde se conta a história dos amores de MIles Davis e Juliette Gréco)

e os Blues por Robert Crumb, .

Está tudo isto e mais em O gato escarninho


E já agora, se não for muito abuso, as minhas Histórias de Jazz serão sempre um excelente presente, para o próprio ou para oferecer.
E se não encontrarem nas livrarias, podem sempre encomendá-lo à editora Guerra e Paz.

Histórias de Jazz nos Media e no Spotify


Artigos recentes

André Murraças - Regularmente irregular (CD)

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Alexandre Frazão - Quintessência (CD)

André Santos - Vereda (CD)

Orquestra Jazz de Matosinhos & Chris Cheek - Farol (CD)

Impetuosa! (Lakecia Benjamin)

A caixa de Pandora e como fabricá-l a (ou O metoo contra o Jazz)

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Coincidências...

Jazz em Agosto 2024 (o desnorte)

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Best 2023 - votação

João na terra do jaze, José Duarte 1981 (livro)

Free Jazz Black Power, Philippe Carles e Jean-Louis Comolli 1976 (1971) (livro)

Último Compasso

Al Foster, baterista - 1943 - 2025
Andy Bey, cantor e pianista - 1939 - 2025
Sebastião Salgado, fotógrafo da Natureza - 1944 - 2025
Eduardo Gageiro, jornalista, fotógrafo da Liberdade - 1935 - 2025


 

50 anos Cascais Jazz
O Cascais Jazz n'A Capital
O Cascais Jazz no República
O Cascais Jazz de 1971 em All Jazz n.º2, 2002
O Cascais Jazz no Diário de Lisboa
 

Os CDs:

 

 

Conferência «As Mulheres e o Jazz», 7 de Dezembro 2018, ISCTE, Lisboa, Leonel Santos

Integrada na Conferência Internacional
«Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania – Diferentes Olhares, Outras Perspetivas»,
ISCTE 6 e 7 de Dezembro 2018

 

Exposição «O Jazz na Banda Desenhada»

Hot Club de Portugal - 15 de Setembro 2021 - 31 de Março de 2022

 

E no Funchal Jazz, de 4 a 10 de Julho
Introdução
Autores e obras exibidos
Will Eisner
Siné
Cabu
Alcimar Frazão
Antonio Pamies
Robert Crumb
Harvey Pekar
JazzBanda
José Carlos Fernandes
Sualzo
Loustal & Paringaux
Gonzàlez & Altuna
Youssef Daoudi
Muñoz & Sampayo
Jose Muñoz
Guido Crepax
Sergio Toppi
BD Jazz

Esta exposição também pôde ser visitada no Auditório Municipal Augusto Cabrita - Barreiro de 30 de Abril a 31 de Julho
de 2022
  Curadoria de Leonel Santos
 

 

O gato escarninho

 

O Jazz nos livros em Portugal

         
         

 

 

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